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Futebol Brasileiro

Acidente, saída do Athletico e propostas: Marcinho abre o jogo em exclusiva

Atualmente sem clube, lateral-direito falou com exclusividade com a TNT Sports Brasil

Marcinho defendeu o Athletico na última temporada
Marcinho defendeu o Athletico na última temporada (ROBSON MAFRA/Agif/Gazeta Press)

Por Redação da TNT Sports

Sem clube desde que teve o contrato rescindido com o Athletico Paranaense, Marcinho ainda não sabe qual será o seu próximo clube. Em entrevista exclusiva à TNT Sports Brasil, o lateral contou que foi pego de surpresa com a saída do Furacão e revelou que seu empresário está trabalhando em busca de novas oportunidades.

"Existem algumas possibilidades. Meu empresário está tocando isso, mas não tem nada definido. Estou trabalhando e quero voltar a jogar, quero vestir a camisa de um grande clube, poder estar ajudando a um clube nos objetivos e estou querendo muito jogar futebol de novo. Preciso voltar a trabalhar, ter meu emprego e poder tocar minha vida. Infelizmente eu tô desempregado não por uma opção minha, mas estou aguardando alguma coisa acontecer para eu voltar a fazer o que eu mais gosto e que eu preciso fazer para viver", disse.

Marcinho, aos 25 anos, ainda tenta engrenar na carreira após se envolver em um acidente de trânsito que acabou com a morte de duas pessoas. No dia 30 de dezembro de 2020, o lateral dirigia um carro e atropelou um casal no Rio de Janeiro.

Após o episódio, o jogador ainda chegou a ganhar oportunidade no Athletico. Porém, segundo o atleta, a opinião pública por conta do acidente tem sido uma dificuldade para que os clubes abram as portas.

"Lá no início eu recebi contatos do Fortaleza, que foi bem forte. Alguns clubes entraram na briga, como Goiás, Cuiabá, até o Grêmio também teve interesse e, agora recentemente, o Inter. Infelizmente hoje existe essa forma de as pessoas exporem as opiniões, mas quem sou eu para dizer o que elas pensam e qual é a opinião delas, mas isso tem atrapalhado muito a minha carreira, eu tenho perdido trabalhos por isso. E eu preciso trabalhar, esse é meu emprego, esse é meu trabalho. Isso tem me atrapalhado bastante e eu espero que isso possa melhorar e que as pessoas compreendam que eu preciso continuar minha vida e não tenho como voltar atrás. Faria muita coisa diferente do que foi feito, mas não posso voltar atrás, infelizmente. Eu preciso trabalhar, tenho uma filha agora e eu só tenho que pedir perdão a essas pessoas para que eu possa seguir em frente", revelou.

Veja a entrevista completa:

Saída do Athletico

- Foi uma surpresa pra mim. Não é normal isso acontecer no futebol. Essas decisões serem tomadas por ações dentro de campo. Não tem porquê. É um erro comum, todo dia vemos pênaltis acontecendo. Bola bate na mão, eu acho que uma jogada normal não é natural que uma decisão dessa seja tomada, respeito a decisão, que não é minha, não cabe a mim julgar isso, mas fiquei surpreso. Não foi uma decisão agradável pra mim, mas acredito que papai do céu sabe das coisas e aconteceu em um momento em que era pra acontecer. Tenho muito a agradecer ao Athletico, mas foi uma situação realmente inesperada pra mim e a gente não fica feliz com isso.

Sobre não ter prestado socorro no acidente

- É a coisa que mais me arrependo. Foi uma decisão errada. É difícil de as pessoas se colocarem no meu lugar, mas o que se passava na minha vida é que eu sofri ameaças, eu não tinha uma relação boa com a torcida do Botafogo. Muitas coisas influenciaram o dia do acidente, a praia estava muito cheia, tinha muita gente, então eu fiquei com medo. Eu fiquei com muito medo de ser linchado, sabe se lá o que as pessoas iam fazer comigo. Você vê hoje em dia, dentro de campo a gente sofre. Você vê bomba no ônibus do Bahia, pessoas ameaçando os jogadores do Corinthians. Então, se colocar no lugar do jogador de futebol, às vezes as pessoas não conseguem. Não tem essa realidade tão próxima, mas a gente sofre muito com isso. A gente tem muito medo de diversas situações e foi um dos casos, nessa situação. Infelizmente, tive a infeliz decisão de não ter parado pra socorrer, mas foi uma reação de medo e no momento do acontecido não consegui reagir de outra forma.

Dia do acidente

- (Se eu pudesse voltar ao dia do acidente) Eu teria ficado. Eu teria parado e socorrido. Essa é a coisa que me persegue, essa é o meu grande erro dessa infelicidade toda pra todos.
A bebida não teve influência, isso foi provado, porque a distância de tempo é muito grande. A velocidade: aquilo ali é um caminho que eu faço sempre, então dificilmente eu estava na velocidade que dizem. Eu conheço a velocidade da via e estava muito cheio. E com relação ao socorro, isso sim é o que me persegue, que eu fico todo dia remoendo e até hoje não sei explicar o porquê, mas é o que eu teria mudado, faria diferente.

Família das vítimas

- Eu não imagino a dor que eles sentem até hoje. Se pra mim está sendo complicado, está sendo difícil passar por isso, nem imagino a dor que eles tenham passado. Eu fico imaginando meus pais na situação, se tivesse acontecido com meus pais, enfim é uma perda imensurável. Não deve ter explicação pra isso. Eu me coloquei no lugar deles diversas vezes e não tenho explicação até hoje pra mensurar a perda que essas pessoas tiveram.

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