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o maior espetáculo da terra - Manchester City 4 x 3 Real Madrid

Um dos maiores jogos de todos os tempos. 

O primeiro dos sete gols
O primeiro dos sete gols

Por Mauro Beting

Foram apenas cinco faltas no primeiro tempo de Manchester City 4 x 3 Real Madrid, jogaço espetacular de ida da semifinal da Champions. Vai ver que por isso, numa das poucas infrações que aconteceram e que de fato seriam marcadas, na segunda etapa, quem realmente marcou bobeira foi o talentoso e promissor Camavinga; o volante esperou o árbitro anotar a falta que ele corretamente deixou seguir, e Bernardo Silva então passou pelo volante francês, e aproveitou a hesitação de Carvajal pela infração que não se apitou, e o craque português mandou um canudo no canto de Courtois. Goleiro que nem o braço levantou. Prostrado como ficou o sistema defensivo merengue. Lance que no futebol brasileiro de tantas faltas cometidas e tantas faltas inventadas e/ou cavadas, talvez os zagueiros estivessem mais espertos. Porque aqui se para demais o jogo. Quando se tem jogo. Quando não é só antijogo.

Bernardo caminhou e encheu o pé. Era o quarto dos citizens, aos 28 finais. Parecia encaminhada a vitória e a maior certeza de classificação. Dava a impressão de ser o gol(pe) de misericórdia do timaçode Pep, cada vez mais de Guardiola na capacidade de criar lances e manter a intensidade. Mas daí aconteceu o que o jovem craque Foden (autor do terceiro gol inglês aos 6 do segundo tempo) bem definiu ao final de uma das melhores partidas da história da Champions: “eles [Real Madrid] sempre acham um jeito. Estão sempre vivos. Não importa o que aconteça. Por isso conquistam tantas vezes a Champions”.

Tão impressionante quanto a qualidade e quantidade de jogo do Manchester City é essa capacidade do Madrid de se recuperar. Estava quase eliminado nas oitavas contra o PSG quando Benzema desembestou e virou no Bernabéu. Estava sendo eliminado em casa nas quartas contra o Chelsea quando Rodrygo diminuiu e depois Benzema classificou na prorrogação. Começou tomando dois gols em dez minutos em Manchester na semifinal como jamais havia acontecido com o time madridista no torneio. De Bruyne fez 1 a 0 com 94 segundos. Gabriel Jesus manteve a ótima fase com 10 minutos. E quase Foden fez um gol absurdo aos 28, em jogada sensacional de Bernardo, Jesus e De Bruyne. Quando tudo parecia perdido, Mendy achou a perna esquerda de Benzema, a menos excelente do goleador francês, aos 32.

O primeiro tempo acabou com cinco oportunidades do City e só o gol do Real Madrid. O segundo tempo começou ainda mais lá e cá. Quando Foden fez 3 a 1 completando belo cruzamento de Fernandinho (que entrara aos 35 no lugar do lesionado Stones), parecia que seria muito mais do City. Não deu dois minutos e desta vez o bote de Fernandinho em Vinicius Jr não deu certo, e o brasileiro escapou com seu turbo até diminuir o placar em novo golaço, com ninguém de azul chegando nem perto dele, e nem Ederson saindo para fechar o ângulo.

O golaço de Bernardo Silva parecia fazer mais justiça ao grande jogo em Manchester. Até a arbitragem dar um pênalti que eu não marcaria de Laporte. Para mim não há um movimento antinatural depois de a bola resvalar na cabeça do zagueiro. Não acho que ele aumentou irregularmente e propositadamente a área corporal. Eu não marcaria o pênalti discutível. E não bateria do jeito que magistralmente cobrou Benzema.

Ainda vejo o City favorito na volta. Pode até perder o jogo e levar na prorrogação. Pode até ganhar nos pênaltis.

Mas segue meu favorito. 51% de chances. Bem Muro Beting. Mas não por "culpa" minha. Por mérito futebolístico e histórico do time de Ancelotti. E de Benzema.

Não tem jeito. Você pode não gostar. Pode torcer contra.

Mas é o Madrid, amigo.

É Real.

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