Tempos modernos - Flamengo 2 x 0 Fluminense
O "favoritismo" tricolor para o primeiro Fla-Flu terminou na ótima segunda etapa tricolor.
Por Mauro Beting
Se você não viu o ótimo clássico no Maracanã, se você não sabia que o Fluminense de Diniz chegava um tanto melhor do que o Flamengo de VP (ainda mais desfalcado de Arrascaeta, ainda menos com as escolhas do treinador português), assista apenas aos dois belos gols rubro-negros na segunda etapa. Puro Flamengo dos tantos ótimos momentos desde 2019. Puro dinizismo, também. Agora no multiverso ainda reversível para o Tricolor. E ainda possível também pela inconstância desse Flamengo decepcionante no primeiro tempo, quando virou as expectativas e também virou favorito pelos talentos individuais, pelo time, elenco e camisa que tem. Nem tanto pelo treinador que é capaz de ser campeão estadual. E ainda merecidamente questionado e criticado. E incensado mais pelas teimas pessoais do que pelos temas justos.
O Fluminense foi melhor no tempo inicial. Teve a chance com Arias, aos 10 minutos, em saída falha de Gerson, bem defendida por Santos. Lance que representa o Flu mais fluido até então. E o Flamengo de passes e escolhas erradas. Mas com poucas oportunidades reais de gol para o melhor time do primeiro tempo.
Mérito da trinca de zaga rubro-negro, e dos alas que recuavam na defesa numa linha de cinco, e blindavam a meta de Santos.
Na segunda etapa, o gol aos 5 de Ayrton Lucas, completando bela e longa troca de bola invertida e bem burilada por toda a equipe, mudou o jogo. As trocas de VP também potencializaram o time. Como qualquer equipe ficaria melhor com Gabi, Filipe Luís, Vidal. O segundo gol aos 22 foi outra bonita obra coletiva de um punhado de individualidades que, quando querem, nem a desastrada direção fora e dentro de campo atrapalham.
A expulsão a seguir de Samuel Xavier quase termina com as chances tricolores no RJ-23 ainda aberto pelas qualidades do trabalho de Diniz e do elenco. Fora a própria história que iguala os desiguais. Mesmo quando o Flamengo resolve fazer os gols que ele sabe. E poucos sabem tanto. Mesmo quando o treinador ainda não parece ter acertado a mão.
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