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Quando Pelé se perdeu revidando as pancadas

Três episódios violentos do Rei.

Por Mauro Beting

Pelé seria ainda mais Pelé no futebol de hoje. Ele também participou e sofreu com a queda da média de gols na segunda metade dos anos 1960, e na primeira metade dos 1970.

Como ele sofreu as pancadas e cicatrizes da selvageria daqueles anos sem cartões. E, a partir de 1970, com o amarelo e vermelho no gramado, nos campos minados que ainda não protegiam devidamente quem jogava muito.

Ele cavava demais. Não se atirava. Mas apanhava muito. Sempre. E sem sempre calado. O revide era real.

Pelé também respondia às muitas pancadas. Três delas históricas.
Três revides reais são famosos. Provas apenas da humanidade falível de Edson.

Do Pelé que apelou.

6/6/1965. Brasil 2 x 0 Alemanha. AMISTOSO no Maracanã… Os alemães cometeram 39 das 60 faltas marcadas no a-mis-to-so. Pelé, como sempre, sofreu a maioria delas. Não poucas desleais. Hottges, que 9 anos depois seria campeão do mundo em 1974 com os alemães ocidentais, se lesionou no final do primeiro tempo depois de mais uma pancada que deu em Garrincha. Seu substituto, Giesemann, sairia ainda pior.
Pelé apanhou muito e jogou tanto quanto. Do mesmo modo como reclamou da violência adversária e do pouco caso que o mau árbitro Carlos Rivero fez da pancadaria do seu marcador Schulz. E não apenas ele esfolava o Rei.
Faltando três minutos para acabar o amistoso, Pelé descontou em Giesemann, que seguia a linha dura de Hottges e baixava o pau em Mané. Quase nenhuma testemunha que viu o lance alivia para o Rei. Ele respondeu na maldade a tantas entradas duras e foi direto na perna direita do lateral alemão que partia para o ataque. Giesemann teve a perna partida e nunca mais atuou pela Alemanha. Não poucos torcedores vaiaram Pelé até o final do jogo, mesmo depois do segundo gol brasileiro.


13/10/1968. Procópio, zagueiro do Cruzeiro e de Seleção que tantas vezes pegou pesado com Pelé, e não apenas com Ele, driblou o Rei no Morumbi. Ele respondeu no joelho esquerdo de Procópio. O zagueiro desmaiou com a rótula saindo do lugar depois da entrada dura de Pelé que poucos aliviaram. Procópio ficaria 5 anos, um mês e 13 dias até voltar a atuar pelo Cruzeiro. O Santos venceu por 2 a 0 o jogo. Pelé se desculparia daquele acidente de trabalho quando o zagueiro voltou a jogar. “Quero crer que foi um acidente”, dizia até recentemente o zagueiro. Até Procópio abrir o jogo ao UOL: “Pelé quebrou a minha perna covardemente, eu preciso dizer isso. Covardemente, covardemente. Eu digo isso em bom e alto som. Eu tirei a bola com a perna direita, a perna esquerda apoiada no chão, e ele foi no meu joelho. Houve ruptura em tudo, do tendão rotuliano. A minha rótula foi parar na minha virilha”.

17/6/1970. Semifinal da Copa no México. Estava no placar Brasil 2 x 1 Uruguai. Pelé escapava pela esquerda. Não estava vigiado como de costume pelo violento volante Montero Castillo. Quem foi atrás Dele foi Fontes, que minutos antes havia pisado no Rei que estava caído no gramado depois de um lance sensacional. O uruguaio chegou num carrinho duro. Mas pegou só na bola. Antes, porém, foi atingido por uma cotovelada com o braço direito de Pelé. Parecida com a que em 1994 tiraria o italiano Tassotti por oito jogos de Copa depois de atingir o nariz do espanhol Luis Enrique. Lance semelhante ao que Leonardo atingiu o norte-americano Tab Ramos e suspendeu o lateral brasileiro da mesma Copa, uma rodada antes.
Em 1970, o árbitro não viu a agressão real como o juiz 24 anos depois expulsaria Leonardo. E nem havia um tribunal para punir pelo vídeo e suspender Tassotti depois da partida na agressão não vista no campo.
Na semifinal do Mundial no México, o árbitro não expulsou Pelé como deveria. E ainda marcou falta do uruguaio que foi agredido pelo Rei. Pelé depois daria o passe pro terceiro gol contra o Uruguai e logo após daria o famoso drible da vaca em Mazurkiewicz.
Na final que não deveria ter disputado pela agressão não vista, Ele abriu o placar nos 4 a 1 contra a Itália.

Patadas reais de Pelé.
Admitidas por Édson

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