Malvadão (cada vez mais) favorito - Flamengo 2 x 0 Barcelona - EQU
Flamengo volta a jogar muito e encaminha mais uma decisão para esse elenco que amplia sua história no Brasil e na América
Por Mauro Beting
Com 10 minutos de Maracanã lindo com o público de volta (isso não tem como discutir a beleza e a saudade), não fosse uma defesa absurda de Diego Alves, e outra sensacional na sequência, o bom e abusado Barcelona equatoriano teria aberto a contagem. Para não dizer que foram mesmo quatro oportunidades de gol do visitante e uma boa chegada com Everton Ribeiro.
Começo complicado para o time com maior potencial da América. Ainda oscilante defensivamente (como foi nas derrotas gaúchas no BR-21), com alguns espaços à frente do estreante David Luiz. Mas, com a bola, foi aquele aluvião normal - e encantador. Troca de bola fluente mesmo sem Arrascaeta (com Everton Ribeiro flutuando mais por dentro, e Vitinho encostando mais em Gabi e Bruno Henrique).
Quando o jogo se equilibrava, e mesmo assim o Barcelona ainda causava estragos, bastou Gabi se mexer pela direita para botar a bola com açúcar e glacê e chantilly e Nutella na testa de Bruno Henrique, que acionou o turbo para cima para fuzilar de cabeça.
1 a 0, aos 21.
Foi ligado o modo Flamengo. Marcação mais alta, bolas mais recuperadas, e também um contragolpe letal. MR de Renato: Everton Ribeiro conectou Gabi, que achou Vitinho ao fundo para tocar para BH livre, aos 37.
No final da primeira etapa, o justo segundo amarelo expulsou Molina. Chave de chumbo para o time equatoriano, que criou cinco chances contra sete do bicampeão brasileiro.
Na etapa final, o Barcelona até conseguiu se soltar mesmo inferior no placar, no número de atletas, e pela discrepância técnica. Também de cara só não diminuiu por outra defesa impressionante de Diego Alves. Para então o Flamengo empilhar muitas chances.
Ao todo seriam 14 contra 7 do Barcelona (até pela expusão de Leo Pereira acontecer no final do jogo).
E uma sensação que até podia ser maior o placar. Mas parece mais do que o suficiente para a volta no Equador. O grande time é o que faz tudo com muita naturalidade. Que faz fácil o que era difícil. Que faz o que muito bem tem feito o Flamengo há dois anos.
E contando (e fazendo) história.