Por Mauro Beting
Repare em quase todas as fotos de @pele. Ele está sempre dando a mão como nesta foto na casa Dele, em SP, durante a gravação para o Museu Pelé, com o @odircunhaescritor.
Ele fazia questão de cumprimentar assim. Como se todos fossem parceiros de longa data. Como se todos nós fôssemos mesmo do time Dele. Ele nos escalava desde criança. E com Ele sempre riamos como meninos. Como Ele sempre foi natural com todos. Sorriso fácil como o jogo do Rei.
Não era pose. É o Pelé.
A primeira vez que estive à frente de Pelé foi em 1993. Evento da Mastercard. Ele era craque-propaganda. Quando chegou o presidente mundial da empresa, o boss veio com umas seis camisas para o Rei autografar. Logo depois perguntei se Ele, alguma vez, tinha alguma ideia por cima de quantos autógrafos dava por dia - antes das câmeras digitais e das selfies dos celulares.
“O professor Júlio Mazzei um dia tentou fazer isso. A gente já estava no Cosmos. Mas ele desistiu no segundo dia. Perdeu as contas depois de um almoço em que não estava fácil contar”.
Como aquele. Logo depois todos os coleguinhas também pediram os seus. Eu, não. Fiquei na minha. Mas achei que tinha perdido a chance que depois meu trabalho e amigos me deram.
Em 2014 virei um dos curadores do Museu Pelé. Entrevistei, conversei, convenci, apresentei Pelé. No escritório dele no Museu. No auditório. Na casa Dele em São Paulo (na foto). Em alguns eventos em Santos e na capital.
Em um deles apresentei antes Dorval. Mengálvio. Coutinho. Pepe. E então Ele. “Com vocês, o Ademir da Guia do Santos: Pelé!”
Fui vaiado. Aplaudido por alguns efusivamente. E Ele, rindo como sempre, falou que eu não estava tão errado…
Todo mundo tem história com Ele. Porque ele faz questão que a gente tenha. Já contei de outro evento no Museu Pelé. Meu caçula Gabriel chegou no escritório real e Ele perguntou o nome e pediu: “Gabriel, tira uma selfie comigo”? E depois ficou com o amigo Pepito mostrando memes pro meu caçula no celular.
Isto é Pelé. Único
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