Grêmio segue com a "fórmula mágica" de um time gigante rebaixado
Após mais uma rodada e outra demissão de treinador, o Tricolor parece cada vez mais próximo de disputar a Série B
Por Victor Padilha
O cenário do Grêmio é caótico e cada vez mais surpreendente. Ninguém (nem o mais fanático colorado) imaginava um Tricolor afundado no Z4 e sem poder algum de reação já na parte final do Campeonato Brasileiro. A pressão nos jogadores parece ter estagnado o futebol do time, já que não falta vontade, mas sim cabeça no lugar. O ano de 2021 será o pior dos pesadelos de um Grêmio vitorioso, vencedor, dominante em seu estado, feliz e soberbo na medida certa.
Imagina você, torcedor de qualquer time, ver dois de seus principais ídolos saindo e com críticas de todos os lados da torcida. Isso é a vida de um gremista que viu Renato sair enquanto estava com covid e Felipão, que teve seu desligamento divulgado quase na madrugada. Duro, né?
E agora? Quem assume? Roger Machado, em mais uma falta de criatividade da direção, já recusou. Mano Menezes não assumirá qualquer time em 2021. Vai manter o bombeiro Thiago Gomes? Apostar em mais uma figura, como o Lisca? Tentar um emergente, como o Tcheco? São tantas perguntas para um time que não consegue responder dentro e fora de campo. Faltam peças e isso já era anunciado desde a época de ouro com Portaluppi. Aquele papo de “recuperação” não serve mais para os jogadores… serve para o próprio Grêmio. Quem vai resgatar e acordar? Quem vai tirar o time da beira do vexame histórico?
O Tricolor tinha (ou pelo menos parecia ter) um planejamento para se tornar rival do Flamengo muito antes do Atlético-MG e todo mundo tinha visão disso. O dinheiro não virou sucesso e agora estamos prestes a ver um dos times com a maior saúde financeira fadado ao caos.
Falam tanto de seguir a cartilha do rebaixamento, né? O Grêmio não segue a tal cartilha. Ele escreve uma nova, aparentemente. Será que ainda tem tempo? A dúvida é tão grande que nem mesmo um texto forte sobre esse assunto parece ter sentido. Eu não imaginava escrever esse texto em 2021. Confesso.