Extracampo pode fazer Arthur deixar o bonde passar
Volante brasileiro foi pego dirigindo acima dos limites permitidos de álcool por lei
Por Taynah Espinoza
Arthur saiu do Grêmio e chegou ao Barcelona cheio de moral. Do Brasil, foi embora reconhecido como melhor jogador da final da Libertadores da América, mesmo jogando um tempo só pela lesão sofrida, tamanho o domínio que teve no meio-campo naquele jogo entre Grêmio e Lanús. Em Barcelona, chegou comparado a Xavi, um dos maiores jogadores da história do clube. E pode estar colocando tudo isso na lata do lixo.
Ao ser flagrado dirigindo acima dos limites permitidos de álcool por lei em Girona, na Espanha, Arthur só confirma o que os bastidores, tanto no Rio Grande do Sul quando na Europa, já diziam: o extracampo pode atrapalhar a carreira do jogador. A questão aqui não é balada. Aliás, longe de mim definir o que um jogador pode ou não fazer fora do campo. A questão é o quanto este comportamento influencia dentro das quatro linhas. E no Barcelona influenciou.
Arthur saiu de um dos maiores clubes do mundo pela porta dos fundos por vontade própria. Ao não se apresentar depois da negociação com a Juventus, ele decidiu deixar a imagem da falta de comprometimento com o grupo, de profissionalismo. Tite, o atual técnico da Seleção Brasileira, costuma prestar atenção nesse tipo de comportamento.
Além disso, outros jogadores, na mesma posição, vêm encantando. Bruno Guimarães mal chegou na Europa e já é fundamental pro semifinalista da Liga dos Campeões, Lyon. Em cinco meses, aprendeu francês. Fez questão de entender exatamente onde estava. Gerson é outra figura que precisa ser vista com carinho tamanha participação num Flamengo que ganhou tudo.
Arthur chegou antes dos dois aos olhos de Tite, mas pelo caminho que preferiu trilhar, pode deixar o bonde passar e não pegar mais.