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E a banda começou a tocar - Bayern de Munique 1 x 1 Villarreal

Submarino e ônibus amarelo

Ele
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Por Mauro Beting

“Único erro do Villarreal na Espanha foi não fazer mais gols”. Julian Nagelsmann definiu muito bem o jogo da ida em que o time espanhol jogou demais e merecia mais do que o 1 a 0 contra o time do jovem técnico. Mas, na volta, na Allianz Arena, onde cabem todos os 50 mil cidadãos da cidade espanhola, e ainda sobram mais 25.000 lugares, o erro do Bayern foi não fazer os gols que o Villarreal também não havia feito na ida.

E, mais uma vez, como tem acontecido em tantos últimos jogos, a defesa mais exposta do eneacampeão alemão acabou pagando um preço terrível.

Foram apenas quatro finalizações do submarino amarelo (transformado em ônibus amarelo na entrada da sua área) contra 24 do dono da casa. Apenas uma na meta de Neuer. A decisiva de Chukwueze, aos 42 finais. A opção letal de Unai Emery respondida por Nagelsmann com Davies. E ponto para o treinador multicampeão da Europa League.

Foram três chances reais do Villarreal. Um contragolpe na primeira etapa mal finalizado por Danjuma. Outro contragolpe desperdiçado por ele no segundo tempo, e o grande contragolpe que deu no gol da heroica classificação espanhola.

O Bayern havia aberto o placar aos 6 da etapa final, com o artilheiro Lewandowski, em assistência de Thomas Muller. Mas, no primeiro tempo, pela blindagem do busão amarelo, o Bayern só teve uma boa chance numa chegada de Musiala que mandou a bola pra lateral... Era pouco.

Como jogou pouco em 180 minutos o grande multicampeão alemão. O time que tinha 70% do meu favoritismo antes dos jogos. Tinha 55% antes de a bola rolar na foto. E ficou pelo decepcionante caminho. Não só pela marcação do Villarreal. Também pela atuação apagada do 3-2-4-1 bávaro. Sané pela direita não rendeu tudo. Coman pela esquerda foi muito bem no segundo tempo. Mas Thomas Müller esteve abaixo da eficiência habitual, como Lewa mais uma vez não foi o mesmo de sempre, mesmo com o gol.

O Bayern não foi tão incisivo e criativo. E o Villarreal, como havia feito nos últimos 15 minutos contra a Juventus em Turim, foi cínico o suficiente para conseguir outra classificação histórica, repetindo a fantástica campanha de 2006, quando só parou na semifinal para o Arsenal.

Um empate e uma vitória em Turim contra a Juve, nas oitavas. Uma grande atuação e uma vitória que deveria ter sido maior na ida contra o Bayern. Um empate heroico no final do jogo em Munique.

O Villarreal já fez mais do que sonhava. O que vier é lucro. Mas já veio tudo. Por que não sonhar mais?

Uma viagem delirante típica do submarino amarelo.

O Bayern? Decepcionou. Não menosprezou. Mas já não foi aquele na ida contra o Red Bull Salzburg na Áustria. Não foi bem na Espanha. Não foi o que pode na Alemanha.

Pode e deve rever algumas coisas. Mas segue no caminho certo. Transatlântico afundado por essa turma fantástica do Submarino Amarelo.

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