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Ancelotti mostra que ainda pode conduzir um grande projeto

O técnico que parecia chegar como um tapa-buraco mostrou que ainda tem muita condição de fazer a diferença no alto nível, que está pronto para liderar um grande projeto, como o do maior clubes do mundo

A festa pelo título espanhol já foi feita. O desafio agora é a Champions
A festa pelo título espanhol já foi feita. O desafio agora é a Champions

Por Vitor Sérgio Rodrigues

Quando o Real Madrid anunciou Carlo Ancelotti para substituir Zinedine Zidane, a sensação era que o time espanhol estava trazendo um técnico para fazer uma espécie de ponte até um técnico mais valorizado assumir o comando, em um ou duas temporadas. Essa percepção se deu, principalmente, pelo treinador italiano vir de três trabalhos que começaram bem e perderam o fôlego rapidamente e ser muito bom desenvolvendo jovens, uma necessidade atual do Real.

Passados quase 12 meses, o competente, vencedor e sábio Ancelotti prova que todos estávamos errados: ele voltou ao Real Madrid para superar expectativas. Assim, pegou um time que nem era apontado como favorito ao título espanhol e transformou em campeão de La Liga sobrando e finalista da Liga dos Campeões. Nesse processo, superou perder seus dois zagueiros titulares sem ser um drama, fez veteranos jogarem como talvez nunca tenham jogado e os jovens pularem etapas de amadurecimento para segurarem muitas broncas que pareciam não ser capazes em administrações anteriores.

A forma tranquila e clara com que se dirige aos jogadores ajudou muito. Entender o futebol como um encaixe de fatores, sem negligenciar nenhum deles, tático, técnico, físico e anímico, também. Ser capaz de ser simples para fazer todos entenderam seu papel no time e em momentos das partidas, foi vital para esse sucesso. A soma disso tudo foi visto no time do Real Madrid, que não jogou o futebol mais sólido da temporada, mas foi sempre uma equipe dificílima de ser batida, com a sensação de imortal na Champions League.

A confiança passada para Vinícius Júnior poder desabrochar, a liberdade e a liderança outorgada para Benzema jogar como um Bola de Ouro, a coragem de tomar decisões para dar o espaço devido a jovens como Militão, Valverde e Rodrygo, em detrimento de minutos para consagrados como Kroos, Casemiro e Hazard, entre outros ingredientes, compõem essa mistura que, independentemente do título da Champions, fez a temporada ser muito melhor do que a maioria previa.

O técnico que parecia chegar como um tapa-buraco mostrou que ainda tem muita condição de fazer a diferença no alto nível, que está pronto para liderar um grande projeto, como o do maior clubes do mundo. Um craque que lembra o ontem, mas tem as ferramentas para ser bem sucedido hoje.

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