40 minutos depois de tudo - Fluminense 4 x 1 Flamengo
Diniz enfim ganha o seu primeiro grande título com uma grande decisão contra um Flamengo reconhecível de VP português e do VP Braz
Por Mauro Beting
A imagem que eu queria usar era a do treinador do Fluminense dando cambalhota no gramado e correndo para abraçar a galera tricolor no Maracanã depois dos 4 a 1 antológicos contra o campeão da América. Fernando Diniz não estava jogando pra galera. Não fazia média e nem mídia. Estava apenas sendo mais louco do que é. Mais gente do que pode ser. Ele não é gênio incompreendido. Nem tão genial quanto seus maiores fãs. Mas nunca foi o jegue que os impacientes resultadistas detonam.
Diniz não inventou o futebol. Mas ele o trata com amor que muita gente sem humor não tem. Muitos mitos e micos que preferem a mesmice à ousadia. O ócio ao trabalho. O resultado acima de tudo, a mediocridade acima de todos.
Diniz é diferente por ser tão igual a tantos que querem apenas ficar com a bola para evitar que ela seja do outro. E a tratar com o carinho e respeito devido. Ainda mais neste país que ainda tem mais boleiros campeões mundiais. E mais treinadores, também.
Diniz tem esse quê de louco e esse não sei o que de quem ama o que faz. E é ótimo que seja campeão jogando bem e bonito. Faz bem ao futebol ser um tanto diferente do que está aí. Ainda que se perca algumas vezes por querer reinventar a bola. Ou querer sair jogando quando jogar mesmo é dever jogar à bola longe naquela hora e naquela área.
Diniz faz bem ao futebol. E o futebol faz melhor com vitórias como a dele.
